21/08/2014
João Rezende, o presidente da Anatel, afirmou que a faixa de 2,5 GHz é voltada para áreas densamente povoadas e a de 700 MHz para cobertura de territórios. Rezende lembrou que a agência fez uma série de testes de interferência entre as emissoras de TV e a banda larga móvel e explicou que os lotes 7 aos lotes 14 estão presentes no edital,
caso alguma das frequências nacionais não sejam vendidas. O preço mínimo do 700 MHz é de R$ 7.711.859 e outros de R$ 3,615 bilhões serão destinados para o switch off da TV digital. A primeira parcela de 30% será depositada em 30 dias após o leilão. A última parcela vence em 2018.
Segundo o presidente da Anatel, entre os ganhos previstos para o usuário estão a melhor qualidade do sinal de TV digital; apoio no processo de migração para a TV digital; transformação do aparelho de TV digital em plataforma multimídia; e otimização de infraestrutura. Para os radiodifusores haverá o ressarcimento integral para o remanejamento de faixa; medidas para massificação de TV digital junto à população que receberá o equipamento. “Iremos avançar na banda larga de dados e na massificação e digitalização da TV analógica”, afirma Rezende.
Em debate com o TCU, foi definido o valor da faixa de 1,8 GHz ou qualquer outra faixa que for usada para cumprir as metas do 2,5 GHz . O desembolso total das operadoras que atuam no Brasil será de R$ 8,26 bilhões. As empresas que quiserem usar outras faixas terão que levar a telefonia móvel para mais 4,5 localidades com mais de mil habitantes.
Rezende salientou que há vantagens para o novo entrante. E segundo o conselheiro, o prazo de 12 meses para a oferta da banda larga após o desligamento da TV analógica fica mantido, e este prazo foi considerado no preço. ” O plano de negócio está previsto nas condições”, afirmou.
Segundo o conselheiro Jarbas Valente, a Anatel encontrou os valores de ressarcimento dos 1,1 mil radiodifusores, o valor do set top box, dos filtros e das antenas. Segundo Valente, serão 14 milhões de conversores a serem distribuídos. Segundo Rezende, a empresa que vai distribuir os recursos para a radiodifusão, a GIRED, não será uma entidade societária e que não terá interferência na empresa. “A falta de recursos será arcada pelos compradores da faixa, mas entendemos que o dinheiro é suficiente. A LTE e radiodifusão podem conviver juntas. Vamos desenvolver as duas indústrias”, concluiu Rezende.
Fonte: Miriam Aquino - Telesíntese
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