17/09/2014
Machine learning, análise de rede, análises de tópicos, análise de propensão, temas que dominaram os debates da última KKD Conference - maior conferência mundial de análise do conhecimento e data mining, realizada, em agosto, em Nova York - também foram discutidos no painel “Descoberta de Conhecimento em ambientes de Big e Computação na Nuvem”, durante a Rio Info, no Rio de janeiro.
“O Big Data chegou ao pessoal mais teórico de machine learning. Muitos algoritmos e técnicas estão sendo desenvolvidos e há um número crescente de aplicações que utilizam o entendimento de dados e modelos matemáticos”, afirmou Nelson Ebecken, professor titular no Núcleo de Transferência de Tecnologia da Coppe/UFRJ.
Por sua vez, José Sampaio,CEO da TDNA Sistemas e Inovação, apresentou os conceitos de análise de propensão em escala dinâmica, que visa a identificar vínculos e padrões de comportamentos. “Há uma nova revolução que é informacional. Cada vez mais precisaremos de máquinas que façam análise de sentimentos”, resumiu Sampaio.
Os cases mais surpreendentes foram apresentados por Carlos André Reis Pinheiro, professor do departamento de ciências da decisão e gerenciamento de informação da Faculdade de Economia e Negócios da Bélgica. Os cases mostraram como vêm sendo desenvolvidas aplicações de análise de rede, método muito utilizado pelas operadoras de telecomunicações para identificar as redes de relacionamento e o poder de influência de indivíduos em suas comunidades a partir de registros de chamadas, sms, mms, e-mails.
“É possível fazer correlação entre esses dados e os eventos de negócio. Um dos cases apontou que de 2.724 pessoas que compraram 3, 136 se relacionam com outras 3.585 da mesma comunidade, das quais 550 acabaram também adquirindo 3G. Com isso, é possível identificar quem são os influenciadores. Pegando-se um membro aleatório identificou-se que ele se relaciona com outros dez mas influenciou apenas 0,7 pessoas. Já o influenciador no mesmo grupo de 10 relacionamentos foi capaz de influenciar outros quatro membros. As empresas têm de aprender a usar os influenciadores para disseminar produtos”, aconselhou Pinheiro.
Fonte: Carmen Lucia Nery - Convergência Digital
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