03/11/2014
A Anatel apresentou nesta segunda, 03/11, o centro de monitoramento de redes, por onde integra dados sobre a infraestrutura das operadoras e visualiza indicadores de qualidade e mesmo interrupções de serviços.
Criado para a Copa do Mundo, a unidade deve ganhar novas capacidades, com ampliação dos dados que são coletados em “tempo real” junto às empresas.
“A ideia é fazer um trabalho preventivo. Vamos ter acesso a informações sobre qualidade de rede, mas o mais importante é indicar para determinada operadora quando algum elemento da rede está chegando no seu limite, como uma Estação Radio Base”, disse o vice-presidente da Anatel, Jarbas Valente, ao demonstrar algumas das funcionalidades do centro.
O centro de monitoramento terrestre funciona em uma sala no segundo andar da sede da Anatel, em Brasília, onde computadores são ligados a um telão e nele ficam visíveis, por exemplo, as mencionadas ERBs – há cerca de 60 mil delas espalhadas pelo país. Com cores verdes, amarelas e vermelhas, mapas indicam o grau de qualidade.
“O sistema permite analisar, por exemplo, se o tráfego em uma estação radio base chegou próximo de 60%. Se chegar em 60% sistematicamente, repetidamente, significa que precisa ampliar a ERB ou colocar outra torre para atender”, explica o vice-presidente da Anatel. Ou seja, o estado das redes orienta a cobrança de novos investimentos.
Dados como esses ainda são alimentados mensalmente, mas o objetivo é encurtar significativamente esse prazo. Para isso, um novo regulamento sobre gestão de risco vai fixar períodos de 30 minutos a duas horas, a depender do tipo de informação que deve ser fornecida pelas teles. Na mesma linha, a Anatel quer saber com mais rapidez dos casos de interrupção dos serviços.
Iniciado com as estruturas da telefonia móvel, o sistema vai avançar para head-ends, hubs, centrais, repetidoras, satélites, backbones, etc. Assim, depois do SMP, a ideia é cadastrar elementos de rede da telefonia fixa, TV por assinatura e oferta de acesso à Internet. Pela expectativa da agência, isso terá sido feito até meados do próximo ano.
A agência também quer informações “em tempo real” – dados atualizados entre 30 minutos e 2 horas – dos próprios call centers das teles. Atualmente, a central já mostra as chamadas que estão sendo recebidas na Anatel. “Estamos negociando com as empresas e a ideia é que a gente tenha acessos do volume de chamadas também nos call centers das operadoras”, diz Valente.
Fonte: Luís Osvaldo Grossmann - Convergência Digital
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