31/10/2014
A Anatel apresentou à imprensa, nesta segunda-feira (3) o Centro de Monitoramento de Redes de Telecomunicações da agência, que permite um melhor acompanhamento do funcionamento das redes de telecomunicações no país.
O objetivo é detectar rapidamente possíveis riscos de precarização dos serviços, provocados por catástrofes como enchentes ou por uso acima da capacidade das redes, e exigir que as operadoras elaborem planos para evitar que os problemas atinjam os usuários.
O centro foi testado durante a Copa do Mundo, nas cidades-sedes, e agora expandido para os quase 5.570 municípios. Atualmente, o monitoramento está restrito ao serviço móvel, mas até o fim do primeiro semestre de 2015 incluirá os outros serviços de telefonia fixa, internet e TV por assinatura. As redes via satélites já estão sendo completamente monitoradas por outro centra da agência, instalado no Rio de Janeiro.
Segundo o vice-presidente da Anatel, Jarbas Valente, o monitoramento não abrange os usuários, que poderia trazer o risco de quebra de sigilo das informações, mas dos elementos de redes. No momento, a maioria dos dados disponíveis no programa reflete o panorama de um mês atrás, porém a ideia de que essa defasagem possa cair para apenas 30 segundos, no caso das infraestruturas críticas. Para isso, ainda depende da aprovação do regulamento sobre gerenciamento de infraestruturas críticas, que deve ser aprovado pelo conselho diretor da agência no próximo mês.
Os dados podem ser acessados em um vídeo hall instalado na sede da Anatel. Dá para ver a qualidade das redes de acesso de voz e de dados das principais operadoras nos acessos 2G e 3G. Este mês serão incluídos os dados referentes a acessos 4G. Em tempo real, é possível ver a quantidade de acessos ao call center da agência.
Valente disse que as informações repassadas pelas operadoras são auditadas pelo sistema de fiscalização da agência, que tem acesso em tempo real às condições das redes das companhias. Esse sistema foi implantado após a aprovação do regulamento de fiscalização da agência. “No caso do centro de monitoramento de riscos, o objetivo não é sancionar as operadoras, mas atuar preventivamente para evitar prejuízos ao usuário”, afirmou Valente.
No modulo de monitoramente de redes, estão as informações sobre as rotas de comunicação e todas as estações que são usadas para prestar os serviços de telecomunicações. No módulo gestão de riscos, estão identificados todos os entroncamentos que colocam o serviço em risco. Além disso, a agência deve obter, por meio de acesso aos sistemas das operadoras, de alertas sobre problemas na rede em tempo real.
Fonte: Lúcia Berbert - Telesíntese
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