03/02/2015
A Anatel lançou consulta pública e vai realizar audiência pública em Brasília no próximo dia 11,quarta- feira, sobre a proposta de Substituição do Meio de Pagamento Básico dos Telefones de Uso Público (TUP) apresentadas pelas concessionárias do STFC". Umnome longo para uma única pergunta:
o que deve substituir o cartão indutivo hoje usado? Na verdade, se alguém pensava que poderia haver inúmeras opões para o pagamento das ligações feitas pelos TUPs (Terminal de Uso Público), como ficha, cartão de crédito (opção inviável, por ser ser caríssima a mídia), ou mesmo o retorno das moedas. Bem nãoé isso que está na mesa. As cinco concessionárias (Oi , Telefônica Vivo, Embratel, Sercomtel e Algar Telecom) apresentaram como proposta para substituir os cartões indutivos pelo calling card. Ou o cartão virtual.
Mas porque substituir os atuais cartões? Tecnologia consagrada, há mais de 20 anos no mercado? Porque esta tecnologia parou no passado, tem problemas de tarifação, e simplesmente, devido ao reduzido número de ligações hoje feitas nos orelhões, não atrai mais empresas para fabricá-lo.
Os argumentos das concessionárias em favor desta alternativa são muitos: o Calling Card permite uma cobrança por minutos e não por créditos, beneficiando o usuário que passa a saber quanto gasta por ligação; O preço do cartão vem estampado na face. O fato do cartão ser impresso em reais facilita o entendimento do valor cobrado, a disponibilidade do TUP será maior devido a simplicidade da eletrônica para o novo meio de pagamento, reduzindo alguns problemas no aparelho; Possibilidade da compra de Cartão físico ou apenas umcódigo (PINVirtual)com instruções de uso, o que melhora a distribuição deste meio de pagamento em relação ao atual; O Calling Card ocupa o mesmo espaço na carteira do cidadão (Fácil de guardar e transportar); O Calling Card não necessita de leitora instalada no aparelho (menor risco de indisponibilidade ao usuário).
Não há, porém, no documento a ser debatido na audiência pública, nenhum problema levado em consideração quando se analisa esta solução. O que não deixa de ser preocupante.
Analistas apontam, porém, que um dos problemas certamente é o fato de o usuário ter que digitar uma montanha de números para poder ter acesso aos créditos. Outro problema, talvez o mais grave, é saber como este número PIN será comercializado nos pequenos vilarejos, florestas e rincões onde deverão permanecer estes orelhões. Hoje, que tem acesso ao código PINsomente é aquele quetem conta bancária. E na localidade onde tem que estar o orelhão, de 100 habitantes ou seja 25 casas no máximo, é preciso perguntar como o usuário poderá comprar este crédito. Neste vilarejo não tem banco, correios nem padaria para dar acesso ao crédito, e como assegurar a universalização?. Com a palavra a a sociedade e a Anatel.
Fonte: Telesíntese
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