13/05/2015
As implantações de redes 4G e de tecnologia M2M para celular devem estar preparadas para um crescimento rápido em toda a América Latina, se as operadoras móveis na região forem capazes de superar uma série de desafios regulatórios e econômicos, de acordo com uma nova pesquisa daGSMA.
A GSMA Intelligence, o setor de pesquisa da GSMA, publicou dois relatóriosnovos naconferência Mobile 360 - Latin America, que está sendo realizada no Rio de Janeiro esta semana (13 a 14 de maio), que destacam a necessidade de uma abordagem sustentável para as implantações de redes4Ge da tecnologiaM2Mna região.
Para superar obstáculos ao crescimento do 4G
Existiam 39 operadoras com redes LTE na América Latina até março de 2015, abrangendo 15 dos 22 países naregião (Argentina, Belize, Bolívia,Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Ilhas Falkland, Guiana Francesa, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai, Venezuela). A primeira rede 4G na América Latina foi lançada pela Antel no Uruguai em dezembro de 2011. O número de implantações de redes acelerou recentemente, com 17 operadoras lançando redes 4G novas em 2014 e mais 21 operadoras que planejam lançamentos nos próximos anos.
Apesar deste impulso recente, as redes 4G representaram apenas 2,4% do total de 683 milhões de conexões móveis na América Latina no primeiro trimestre de 2015, abaixo da média global de 8,4%. Isto significa que a migração para as redes 4G na região está ocorrendo atualmente em um ritmo mais lento que o ritmo anterior das redes 3G. O relatório atribui este progresso mais lento a diversos fatores, incluindo a alocação insuficiente de espectro 4G adequado (especialmente em frequências abaixo de 1 GHz, como a faixa de dividendos digitais de 700MHz), as dificuldades na implantação de infraestrutura a nível municipal para atender às obrigações atuais rigorosas de cobertura e a um ambiente macroeconômico desafiador, que desencoraja a maioria dos assinantes a atualizar para dispositivos e serviços 4G.
"As operadoras de telefonia móvel da América Latina estão investindo bilhões na aquisição de licenças e no desenvolvimento de infraestrutura 4G, apesar dos desafios de oferta e demanda", disse Sebastian Cabello, diretor da GSMA Latin America. "Várias operadoras estão fazendo investimentos, apesar do declínio da receita decorrente dos serviços tradicionais das operadoras, como o serviço de voz.
As novas redes 4G estão melhorando a qualidade do serviço e serão fundamentais para a universalização do acesso de banda larga móvel em toda a região. Por isso, pedimos aos formuladores de políticas na região que eliminem as barreiras à implantação da banda larga móvel sustentável, a fim de estimular o investimento contínuo nas redes 3G e 4G."
Deacordo com aGSMAIntelligence, as redes4G serão responsáveis por 28% das conexões móveis da América Latina em 2020. Estima-se que as redes 3G, que atualmente oferecem cobertura a quase 90% da população da região, representem 51% das conexões até este ponto. As operadoras de telefonia móvel fornecerão suporte à migração para as redes (3G/4G) de banda larga móvel durante este período, com o aumento do investimento em infraestrutura; estima-se que as despesas com capital das operadoras totalizem aproximadamente US$ 170 bilhões no período de seis anos, entre 2015 e 2020, um aumento sobre os US$ 106 bilhões investidos ao longo dos últimos seis anos.
Operadoras móveis assumem a liderança em conexões M2M da América Latina
A GSMA Intelligence estima que existiam 16,1 milhões de conexões M2Mde celulares na América Latina no final de 2014, tornando-a a quarta maior região de M2M no mundo inteiro, atrás (em ordem) da Ásia-Pacífico, Europa e América do Norte. Estima- se que o crescimento em conexões M2Mde celulares na América Latina seja muito forte nos próximos anos, aumentando em 25%ao ano(CAGR) até 2020 e alcançando 62 milhões de conexões até este ponto. A tecnologia M2M para celulares representa atualmente cercade2%do totaldeconexões na região, mas estima-se que cresça até 7% do total em 2020.
O Brasil é o maior mercadoM2Mna América Latina, com 9,9 milhões de conexõesM2Mde celulares até o final do ano de 2014, sendo responsável por 61% do totaldo mercadoM2Mpara celulares na região.A redução do último ano no imposto do cartão SIM em dispositivos M2M que não são operadoras por pessoas2 estimulouo mercadono Brasil, ajudando a acelerar as implantações de conexões M2M em áreas como de telemática de veículos e de contadores inteligentes.
"Estruturas regulatórias favoráveis podem desempenhar um papel importante no incentivo à implantação e à adoção de novas aplicações e serviços M2M,como vimoscom aredução deimposto no Brasil", disse Cabello. "Operadoras da região estão oferecendo mais do que apenas o componente de conectividade que sustenta a rede M2Mpara celulares; elas estão desenvolvendo novos modelos de negócios em conjunto com parceiros públicos e privados locais, que podem oferecer soluções M2M integrais e podem servir uma ampla diversidade de mercados verticais."
Sobre a GSMA
A GSMA representa os interesses das operadoras móveis no mundo todo, reunindo quase 800 operadoras e mais de 250 empresas do ecossistema amplo da tecnologia móvel, incluindo fabricantes de aparelhos e dispositivos, empresas de software, fornecedores de equipamentos e empresas de Internet, assim como organizações e setores industriais adjacentes. Para obter mais informações, acesse www.gsma.com
Fonte: Blog Ethevaldo Siqueira
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