25/11/2015
O preço dos smartphones e tablets deve subir no Natal. A desoneração dos produtos acaba em 1º de janeiro de 2016 e a tendência é que os lojistas levemem consideração, já no valor de venda em dezembro, os preços que vão pagar para repor os estoques no ano que vem. A projeção é do presidente do SindiTelebrasil /E>, Eduardo Levy.
Segundo ele, o momento econômico é tão delicado que a entidade, que normalmente faz uma estimativa para o crescimento do setor no fechamento do ano, não quis arriscar uma previsão. "Um bom termômetro será o comportamento das vendas de smartphones no Natal. Como haverá reoneração dos produtos no anoquevem, podehaver aumentodepreço", disse. Com a economia em recessão e os brasileiros cortando gastos com serviços de telecomunicações, isso pode ter um impacto ainda mais negativo no desempenho do segmento.
Umdos motivos para os consumidores desistirem de serviços de telecomunicações é a tarifa praticada no Brasil, considerada a mais cara do mundo pela União Internacional de Telecomumicações (UIT). O dado, no entanto, é contestado pelo SindiTelebrasil. "A UIT deve divulgar o novo ranking em dezembro e, de novo, o Brasil estará na liderança, masa metodologia que utiliza não condiz com a realidade do país", argumentou Levy.
De acordo com o último relatório da UIT, o minuto do celular custa US$ 0,55. "Considerando que o brasileiro fala em média 117 minutos por mês, a conta média do Brasil seria deR$ 244, o equivalente a31% do salário mínimo. Se isso fosse real, os balanços das companhias estariam todos errados", explicou.
Levy ressaltou que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel )divulgou que o preço do minuto praticado no país foi de R$ 0,16 no terceiro trimestre do anopassado. Mas o sindicato pediu quea Teleco fizesse uma pesquisa para apurar a colocação dos preçosdo Brasil diantede18 outros países.Opresidente da Teleco, Eduardo Tude, afirmou que o preço do minuto do celular ficou em US$ 0,04, o que coloca o Brasil com a quarta tarifa mais baixa do ranking, atrás apenas de China, Rússia e Índia.
Na cesta da banda larga pré-paga, o valor ficou em US$ 6, praticamente R$ 24. De novo, o Brasil ficou com a quarta colocação entre os mais baratos. "Esse é o valor dos pacotes de entrada das operadoras, e não da média", disse Tude. (SK)
Fonte: Correio Braziliense
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