24/11/2015
BRASÍLIA-A base de assinantes da telefonia móvel podesofrer novaqueda em 2016, naavaliaçãodo presidente- executivo Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil ),EduardoLevy.
Segundo ele, os fatores que têm provocado o cancelamento de linhas devem continuar influenciando no comportamento do segmento.
Para este ano,o setorprojetaaprimeira redução dabase de celulares no Brasil. Até setembro desde ano, o setor atingiu 275 milhões de linhas habilitadas, redução de1% em relação aomesmo período de 2014.
Levy afirmou que, entre as causas da diminuição da base, está a redução das taxas de interconexão (VU-M), que onera a ligação entre operadoras diferentes. A VU-M elevada desestimula a manutenção pelo usuário de mais de um chip ativo de operadoras diferentes - estratégia usada para reduzir custo das chamadas em ligações para a mesma prestadora.
O presidente da entidade destaca que um dos principais fatores que tem levado à redução mais acelerada da base está ligado ao uso massivo de aplicativos de internet, como WhatsApp. Isso, segundo ele, tem feito os usuários abriremmão dechips pré-pagos e contratado planos pós-pagos que garante o acesso à internet.
O SindiTelebrasil apresentou hoje uma balanço do ano de 2015 no setor de telecomunicações. Na ocasião, o presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude, disse que a tendência dos usuários falarem menos pelo celular e usarem a comunicação de texto, com aplicativos, é uma tendência mundial.
Tude ressalta que o aumento de participação da receita com dados, no lugar do serviço de voz, veio em ritmo mais acelerado no Brasil do que as operadoras esperavam. Ele informou que a receita de dados deve alcançar a fatia de 50% no próximo ano. "As operadoras achavam que poderiam atingir este patamar somente em anos posteriores", afirmou.
Levy considera que o movimento de redução da base de assinantes na telefonia celular pode ser revertido se o governo desonerar ainda mais a comunicação máquina a máquina (M2M). O segmento projeta um ganho exponencial do número de chips ativos nos próximosanosem sistemas decomunicaçãosema intervenção humana, conhecidos como "internet das coisas".
Opresidentedo sindicato afirmou que linhasM2Mjá contaram com uma redução de 80% do encargo com o Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel). Para ele, o corte foi insuficiente, pois as linhas ativas geram uma receita mínima para as operadoras e a taxa inviabiliza a oferta. Para ele, a o Fistel precisa ser zerado para este setor.
Fonte: Valor Online
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