24/11/2015
Queda de1%entre janeiro a setembro deste ano é reflexo da crise econômica.
BRASÍLIA - Com a crise, a venda de chips de celulares cai pela primeira vez no país , segundo dados do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil /E>).
Entre janeiro e setembro, a queda na venda de linhas móveis foi de1%emrelação ao mesmo período do 2014, para 275 milhões de celulares. A entidade ainda não tem previsão para o fechamento do ano.
-Temosummenor consumodas pessoas - disse o presidente da entidade, Eduardo Levy.
Ele mencionou ainda que as novas ativações de banda larga tem ocorrido via telefonia móvel: foram 1,2 milhão via telefonia fixa e 32,7 milhões, móvel. Até setembro, foram registrados 225 milhões de acessos em banda larga. O que as pessoas querem hoje, destacou, é mobilidade.
De acordo com o balanço,76%dos usuários acessam a internet pelo smartphone. Os serviços fixos continuemperdendo espaço: até setembro aqueda no número de telefones fixos foi de 2% em relação ao mesmo período de 2014. No período, o número de linhas fixas ficou em 44 milhões. A quantidade de usuários de TV por assinatura caiu 3%, para 19 milhões.
Segundo a entidade, a expansão da cobertura da bandalarga móvel continua acelerada para a atender a demanda por mobilidade. A cobertura 3G chegou a 4.383 municípios em setembro de 2015. Para o próximo ano, a meta é incluir outros 3.761.
Para contestar as críticas sobre o preço elevado dos serviços no Brasil, a entidade informou que o valor do minutodo celular no Brasil, pelo segundo anoconsecutivo, permanece entre os mais baratos no mundo, em US$ 0,43 (incluindo tributos, atrás da China, Rússia e Índia).Odadofoi elaborado pela consultoria Teleco, que considerou 18 países que concentram 55% da população mundial.
No caso dos serviços de internet, o Brasil também se posiciona entre os mais baratos. De acordo com o estudo, o preço da cesta de serviços da banda larga móvel pré-paga é deUS$6,00, o quarto mais baixo entre os países analisados, atrás de Índia, Rússia e Espanha.
Ao divulgar os dados, o Sindicato criticou a carga tributária no Brasil, o aumento no ICMSpelos estados e a proposta de reforma do Pis/Cofins do governo federal. Neste caso, a alta do tributos para o setor pode chegar a R$ 3 bilhões.
- Não admitimos que haja aumento de impostos - disse Levy.
O SindiTelebrasil dará contribuições, segundo Levy, à proposta de mudança da Lei Geral de Telecomunicações, colocada em consulta publica ontem pelo governo. Ele disse que a modernização do marco regulatório, focado na telefone fixa, é fundamental para a retomada dos investimentos no setor.Ofato deaalteraçãopassar pelo Congresso Nacional e não vir por decreto, simplesmente, dará maior segurança e permitirá a participação de todos os envolvidos no processo de discussão, na avaliação da entidade.
Fonte: Geralda Doca - O Globo Online
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