30/04/2013
A Oi vendeu os direitos de uso de 4 mil torres de telefonia fixa, pelos quais embolsou R$ 1 bilhão, montante que já entrou no caixa ao longo do mês de abril e deve ser contabilizado no balanço deste segundo trimestre. “Temos um potencial muito maior”, disse o diretor de relações com investidores da companhia, Alex Zornig, durante teleconferência com analistas para comentar os resultados dos primeiros três meses do ano, realizada nesta terça-feira, 30/04.
A operação está inserida na estratégia da Oi de alienação de bens não essenciais visando reduzir o endividamento; e segue outra venda efetivada em dezembro, quando a companhia vendeu as primeiras 1,2 mil torres por R$ 516 milhões, neste caso envolvendo ativos da telefonia móvel. Zornig não informou quantas torres a Oi tem em todo o Brasil, mas limitou-se a confirmar que o potencial de venda é muito maior do que o já efetivado até agora. “Temos muita bala na agulha”, disse, lembrando que a operadora tem torres usadas pela telefonia móvel e outras tantas que atendem a telefonia móvel.
“O valor por torre da telefonia fixa é menor do que da móvel”, esclareceu. A justificativa está no potencial de “inquilinos” que cada uma das tecnologias tem. A Oi fez questão de ressaltar que não está vendendo as torres da telefonia fixa, que são bens reversíveis, e sim transferindo o direito de uso para outra empresa, que remunerará a operadora à medida que alugar o espaço para outros prestadores de serviço. Os recursos originários da operação devem contribuir para a redução do endividamento e aumento da liquidez da Oi.
A dívida bruta consolidada da companhia totalizou R$ 33,6 bilhões ao final de março, com aumento de 2% quando comparada ao trimestre anterior, basicamente em função do aumento dos juros no período, justifica a empresa. Considerando o saldo de caixa no trimestre de R$ 6,1 bilhões, a dívida líquida totalizou R$ 27,5 bilhões no primeiro trimestre, representando um aumento de 9,7% no comparativo trimestral. O aumento, já esperado pela companhia, foi atribuído aos desembolsos com capex, dividendos e juros da dívida no período.
Resultado
A receita líquida total da Oi alcançou R$ 7 bilhões no primeiro trimestre de 2013, com alta de 3,5% em relação a igual período de 2012. Os investimentos encerraram o trimestre em R$ 1,7 bilhão, volume 55% superior ao realizado no primeiro trimestre do ano passado. A base de clientes (Unidades Geradoras de Receita - UGRs) somou 74,7 milhões, aumento de 5,5% nos últimos 12 meses. O lucro líquido no período foi de R$ 262 milhões.
Segundo o balanço financeiro, um dos destaques do trimestre foi o segmento de TV por assinatura, em que a companhia registrou crescimento da base de clientes de 11% no trimestre e 111% na comparação anual. Em banda larga fixa, o crescimento foi de 3% no trimestre e 14% na comparação com o primeiro trimestre de 2012. Ao mesmo tempo, a Oi vem apresentando uma redução progressiva das desconexões líquidas na telefonia fixa residencial nos últimos 12 meses. No primeiro trimestre, houve apenas 458 mil desconexões, contra 1,1 milhão em igual período de 2012. No segmento Mobilidade Pessoal, a Oi obteve crescimento de 10% na receita em relação ao mesmo período do ano passado e de 5,6% no número de clientes na comparação ano a ano. Já no segmento Corporativo/Empresarial, foi registrado um aumento de 10% no número de clientes na comparação anual.
Em março, a Oi possuía 74,7 milhões de Unidades Geradoras de Receitas (UGRs). Deste total, 46,5 milhões estavam no segmento Móvel Pessoal, 18,5 milhões no segmento Residencial, 9 milhões no segmento Empresarial/Corporativo e 716 mil Telefones de Utilidade Pública (TUP).
Fonte: Convergência Digital
Copyright © 2015 ABRAFIX - Associação Brasileira de Concessionárias de Serviços Telefônico Fixo Comutado. All Rights Reserved.