17/05/2013
Em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, as operadoras, em geral, entregam quase tudo o que os usuários contrataram de banda larga fixa. Em uma conta simples, as velocidades medidas na casa dos internautas representam, em média, 92,5% do que está previsto, segundo cenário descrito pela Anatel com a primeira divulgação do programa de medição da qualidade das conexões à Internet, nesta sexta-feira, 17/5.
“São resultados preliminares, mas já dão uma boa inferência do que está acontecendo”, afirmou o coordenador do grupo de responsável, na Anatel, pela implantação do sistema de medição, Fábio Mandarino. Os números, ainda restritos aos apurados nas três praças, indicam que os brasileiros desfrutam de um privilégio não visto nem mesmo na Inglaterra, de onde o sistema de medição foi “importado” – a responsável é a mesma empresa, com os mesmos equipamentos. Em testes recentes feitos por lá, constatou-se que os provedores de conexão entregam, em geral, apenas 58% do prometido.
Nos resultados divulgados, relativos a abril deste ano, o desempenho da CTBC, GVT, NET, Oi e Vivo – sempre em conexões fixas, em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte superaram as metas definidas pela Anatel com folga. Assim, a “velocidade instantânea” – aquela verificada a qualquer momento – está acima dos 20% contratados entre 99,3% a 99,8% dos testes.
Já na velocidade média – a média mensal dos testes realizados a cada hora pelos equipamentos instalados nos domicílios dos voluntários – mostrou-se uma performance para lá de animadora. Mesmo na Oi, que teve o desempenho mais baixo, a velocidade média foi de 77,2% do contratado. Na NET, chegou a 102,6%. Ressaltese que por regulamento da agência, essa média não pode ser menor que 60%, passando para 70% em novembro e 80% no próximo ano.
Ainda assim, o presidente da Anatel, João Rezende, ressalvou que é preciso esperar os dados do restante do país. “Estamos falando de três estados altamente industrializados, onde há maior desenvolvimento. Vamos aguardar os resultados dos outros estados, onde a infraestrutura é mais crítica. E isso é a banda larga fixa. Ainda precisamos ver como as coisas estão na banda larga móvel”, disse. O sistema é por amostragem e, até aqui, são pouco mais de 1 mil medidores em meio a 29 milhões de usuários.
Faltam voluntários
Rezende e Mandarino ressaltaram, ainda, que o número de voluntários para receber os equipamentos fixos em suas casas continua abaixo do necessário. Ou melhor, haveria cerca de 150 mil candidatos, mas a maior parte deles tem conexões acima de 2Mbps. “Há necessidade de voluntários em todo o país, principalmente em velocidades abaixo de 2Mbps”, insistiu o coordenador do grupo de implementação do programa de medição da qualidade, o Gipaq.
Ele acredita que até o fim de junho todos os equipamentos previstos estarão instalados, mas a tarefa não é fácil. Os dados divulgados nesta sexta se referem a 1.145 equipamentos em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Restam, ainda, 4.550 medidores – a maior parte portanto dos 6 mil que foram anunciados como alvo.
Resultados:
Estado Empresa Medidores
MG NET 44
MG GVT 30
MG CTBC 44
MG Oi 202
RJ NET 61
RJ GVT 30
RJ Oi 152
SP GVT 25
SP NET 212
SP Vivo 345
Total 1.145
Velocidade instantânea (precisa ser superior a 20% em 95% das medições)
MG
CTBC 99,43%*
GVT 99,57%
NET 99,84%
Oi 96,34%
RJ
GVT 99,40%
NET 99,87%
Oi 96,41%
SP
GVT 99,66%
NET 99,40%
Vivo 97,47%
* Esses números indicam o percentual de testes com resultado acima de 20%
Velocidade média (precisa ser superior a 60%)
MG
CTBC 91,94%*
GVT 98,56%
NET 102,68%
Oi 85,09%
RJ
GVT 89,33%
NET 101,20%
Oi 77,29%
SP
GVT 89,69%
NET 99,98%
Vivo 89,82%
* Esses números indicam a velocidade média medida
Fonte: Luís Osvaldo Grossmann - Convergência Digital
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