28/08/2013
Os setores de Telecom e de Tecnologia da Informação tiveram forte impacto na receita de Serviços no Brasil, segundo a Pesquisa Anual de Serviços - PAS - com dados de 2011, divulgada nesta quarta-feira, 28/08, pelo IBGE. Segundo o levantamento, os serviços de informação e comunicação - que englobam as atividades ligadas à criação, disseminação, transmissão e armazenamento de produtos com conteúdo informativo - têm empresas que apresentam, em média, produtividade e salários elevados.
Em 2011, segundo o IBGE, destacam-se as atividades de telecomunicações, que, em geral, são de grande porte e intensivas em capital, representando 4,8% do total (4,3 mil) e sendo responsáveis pela maior receita operacional líquida (R$ 142,4 bilhões ou 54,9%), maior média de pessoas ocupadas por empresa (42, ante a média do segmento de 10) e produtividade (R$ 335,4 mil). Os serviços de tecnologia da informação obtiveram a maior participação no número de empresas (63,6%, 57,0 mil), de pessoal ocupado (49,6%, 442,2 mil) e de massa salarial (52,9%, R$ 18,4 bilhões), apresentando, também, o maior salário médio, 6,0 salários mínimos.
A pesquisa também mostrou que a produtividade do trabalho no setor de serviços cresceu em média 3,2% ao ano entre 2007 e 2011, aumento superior à variação do salário médio mensal (2,8%). O valor adicionado (11,7%) cresceu, na média anual, mais que o número de pessoas ocupadas (8,2%). O indicador de produtividade é o resultado da divisão do valor adicionado (valor que a atividade agrega aos bens e serviços no processo produtivo) pelo número de pessoas ocupadas. O setor que alcançou o maior crescimento da produtividade foi o de serviços de manutenção e reparação (8,3% ao ano), seguido das atividades imobiliárias (7,9%), ambos com variação da produtividade superior à dos salários (4,0% e 2,1%, respectivamente).
Dos sete setores pesquisados, cinco apresentaram um crescimento médio da produtividade superior ao aumento médio dos salários, o que revela uma diminuição do custo do trabalho no setor de serviços, a saber: serviços de manutenção e reparação; atividades imobiliárias; outras atividades de serviços; serviços profissionais, administrativos e complementares; e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio.
O PAS 2011 também mostra que o setor de serviços contava com aproximadamente 1,1 milhão de empresas. Juntas, elas geraram cerca de R$ 1,0 trilhão em receita operacional líquida, ocuparam 11,4 milhões de pessoas e pagaram R$ 202,7 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. Já as 60,1 mil empresas com 20 ou mais pessoas ocupadas (5,6% do total) geraram uma receita de R$ 779,8 bilhões (77,6%), R$ 431,6 bilhões de valor adicionado (73,0%), empregando 7,6 milhões de pessoas (66,4%) e pagando R$ 154,7 bilhões em salários (76,3%). Em termos regionais, o Sudeste representou 66,6% da geração de receita, pagou 67,4% dos salários e empregou 60,7% das pessoas ocupadas no setor, em 2011.
5,6% das empresas de serviços geram 77,6% da receita do setor
O PAS identificou 1.081.012 empresas em 2011, com receita operacional líquida de R$ 1,0 trilhão e R$ 591,6 bilhões de valor adicionado. O pessoal ocupado atingiu 11,4 milhões, totalizando R$ 202,7 bilhões pagos em salários, retiradas e outras remunerações. O estrato certo (empresas com 20 ou mais pessoas ocupadas) era composto por 60.077 empresas (5,6% do total), gerando uma receita de R$ 779,8 bilhões (77,6%), R$ 431,6 bilhões de valor adicionado (73,0%). As 7,6 milhões pessoas ocupadas no setor (66,4%) receberam R$ 154,7 bilhões em salários (76,3%). O estrato certo, apesar de conter um número reduzido de empresas, tem uma expressiva representatividade na receita gerada nos serviços. Pela sua importância, esse estrato tem cobertura censitária, possibilitando um maior detalhamento de cada atividade.
No total da PAS, dois segmentos se destacaram em relação ao número de empresas: serviços profissionais, administrativos e complementares, com 340.032 empresas (31,5%) e serviços prestados principalmente às famílias, com 339.354 empresas (31,4%). Em termos de geração de receita, as empresas de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio foram responsáveis pela maior parcela, R$ 288,4 bilhões (28,5%).
Outras atividades significativas em termos de arrecadação de receita foram os serviços profissionais, administrativos e complementares, com R$ 268,3 bilhões (26,5%), e os serviços de informação e comunicação, com R$ 259,4 bilhões (25,6). Portanto, as três atividades citadas foram responsáveis por 80,6% da receita operacional líquida gerada pelas atividades que compõem o âmbito da PAS. Os serviços profissionais, administrativos e complementares tiveram, ainda, a maior parcela do valor adicionado, R$ 199,5 bilhões (33,7%), da massa salarial, R$ 74,6 bilhões (36,8%) e do pessoal ocupado, 4,7 milhões de pessoas (41,4%).
Fonte: Convergência Digital
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