02/10/2013
O BNDES parece mesmo sem grande interesse em se meter na mais nova operação acionária da Oi, agora controlada pela Portugal Telecom. Em nota, divulgada nesta quarta-feira, 02/10, o banco de fomento diz que “analisará as implicações da transação”.
No comunicado, o BNDES faz um comentário irônico, ainda que involuntário, ao festejar que “a iniciativa consolida a internacionalização da Oi". De fato, uma das justificativas para o governo mudar as regras e autorizar a compra da Brasil Telecom era avançar sobre o mercado africano. A Oi chegou via PT, que já atua na África.
Não há, no entanto, nenhum compromisso com a chamada “fusão”. “A capitalização proposta robustecerá sua capacidade financeira e de investimento. (...) O BNDES analisará as implicações da transação proposta, com vistas ao seu posicionamento na nova estrutura societária da companhia.”
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que o BDNES, assim como os fundos de pensão – Previ, Funcef e Petros – estão fora, “não tiveram interesse” em aumentar o capital que, portanto, será diluído com o aporte a ser feito pela PT.
Não chega a surpreender, dado que Bernardo também disse que a “fusão” não é assunto do governo. A Oi, porém, sempre foi. O BNDES colocou R$ 14 bilhões na operadora para a criação da ‘supertele nacional’. Isso entre 2000 e 2009. De 2009 a 2012, injetou mais R$ 10 bi em telecom, prioritariamente na mesma Oi.
Fonte: Luís Osvaldo Grossmann - Convergência Digital
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