08/10/2013
O declínio da telefonia fixa acontece no mundo inteiro. Mas no Brasil, a queda no número de terminais e de minutos de consumo poderá fazer com que, quando se encerrar o atual contrato de concessão, em 2025, a planta de telefone fixo tenha praticamente sumido do país.
"A queda da planta de telefonia fixa está se acentuando, e agora, tem diminuído 5% ao ano para as concessionárias. Se continuar neste ritmo, ela diminuirá 80% entre 2010 e 2025, restando apenas 6,5 milhões de terminais ao final da concessão", alertou Aloysio Xavier, diretor de regulação da Telefônica.
Segundo o executivo, no Brasil a planta de telefonia fixa tem crescido um pouco devido a atuaçao das operadoras autorizadas, que vendem o telefone no pacote de bundle, como um agregado ao serviço de TV paga e de banda larga. Mas essas empresas, assinalou, estão presentes em um número muito reduzido de cidades, que congrega, no entanto, um grande contingente populacional. "As autorizadas podem se concentrar no mercado de maior valor", afirmou ele.
Para Xavier, enquanto as receitas de voz fixa são declinantes, as despesas diminuem muito pouco. "A continuar neste ritmo, a concessão poderá ter fluxo de caixa e EBITDA negativos".
Novo contrato
Para o executivo, a revisão dos contratos de concessão deve ser a oportunidade para a Anatel fazer avançar o modelo. "A pior solução é manter tudo como está", afirmou. Ele aponta duas questões que devem ser abordadas na discussão: a reversibilidade dos bens, para não ser um limitador dos investimentos; e a neutralidade tecnológica, para poder permitir que as concessionárias de telefonia fixa possam levar outros serviços, como VoIP, aos seus clientes.
Fonte: Miriam Aquino - TeleSíntese
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