14/10/2013
O impacto do amadurecimento de boa parte dos mercados de telefonia móvel, aumento da concorrência e consequente redução do ARPU já é perceptível hoje, resultando no movimento de consolidação no setor. E, segundo uma projeção realizada pela consultoria Ovum, a tendência de diminuição do crescimento da base e redução de receita por usuário deve se acentuar, culminando, em 2018, com a primeira redução da receita global da telefonia móvel.
Conforme a previsão da Ovum, as conexões globais crescerão em média menos de 4% entre 2012 e 2018, passando de 6,5 bilhões no ano passado para alcançar 8,1 bilhões em cinco anos. A receita anual das operadoras com serviços móveis vai passar de US$ 968 no mundo para US$ 1,1 trilhão, no mesmo período. No entanto, já em 2018, o montante deve contrair pela primeira vez na história da indústria móvel.
A Ovum espera declínio de 1% em relação a 2017, equivalente a US$ 7,8 bilhões. O declínio da receita global do setor será resultado, em grande parte, pela queda do ARPU. A expectativa é de uma redução de 2,7%, em média, entre 2012 e 2018. O maior declínio será no Oriente Médio. Assim, aponta a consultoria, nos próximos cinco anos, inovação em serviços, tarifas, modelos de negócio e parcerias serão fundamentais para a geração de receita.
Segundo Sara Kaufman, analista de comunicações e banda larga da Ovum e autora do relatório, o crescimento seguirá mais lento na maioria dos mercados. Para ela, as operadoras estão enfrentando uma nova realidade e precisam fazer mais com menos. A consolidação ajudará a tirar a pressão em alguns mercados e é inevitável, mas a necessidade de estabilização de receita é fundamental para um futuro sustentável para o setor. As maiores oportunidades de para o setor, em termos de taxa composta de crescimento anual, estarão na África e em alguns mercados específicos da Asia- Pacífico e América Central e do Sul.
Fonte: TeleSíntese
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