22/10/2013
Enquanto os fornecedores de infraestrutura aperfeiçoam soluções ara ampliação do acesso à banda larga, as operadoras tem de lidar com desafios que vão além das questões técnicas. O que falta, no momento, é uma regulamentação que permita o uso dessas soluções.
Eduardo Capdeville, da Vivo, acredita que a saída em curto prazo passa pelo uso de small cells, mas lembra que não há regulamentação para isso. “Precisamos de um conjunto de soluções que nos permita sair disso rapidamente”, defende.
O executivo lembrou que o crescimento da demanda aumentou sensivelmente com a explosão do uso dos smartphones. “No 2G, as redes só eram utilizadas com os celulares em funcionamento. Os smartphones conversam com a rede o tempo todo, por isso ela está no limite”, afirma, lembrando que a migração para o 3G faz com que apenas a presença do usuário ocupe a rede.
Para Capdeville, os pontos fundamentais para a solução do problema são a criação de mais sites e a ampliação do espectro. No primeiro caso, a barreira está nos 5,6 mil municípios brasileiros que legislam sobre a criação dos novos sites e, no segundo, está a realização de novos leilões.
“Temos um vácuo na legislação. Um tema que deveria ser discutido em nível federal, tem sido definido nas Câmaras Municipais”, afirmou, lembrando que a lei trata de forma igual qualquer nova ERB, independente do tamanho ou da potencia.
Ele defendeu a criação de um padrão – trabalho que já vem sendo realizado pelo Sindtelebrasil – normatizando como o trabalho deve ser feito, para ser apresentado às prefeituras municipais. “Isso acabaria com a análise caso a caso”, defende.
O problema foi identificado também por Carlo Filangieni, da TIM. Ele lembrou que, na Itália, as prefeituras são obrigadas por lei a aprovar um novo site em até 30 dias. “No Brasil, o tempo médio de aprovação de um novo site é de 240 dias”, comparou.
Para Capdeville, além de mudanças na regulamentação, a solução estaria também no compartilhamento das redes de última milha. Ele lembrou que o backbone de fibra ótica utilizado hoje pelas operadoras foi construído em parceria. “Precisamos trazer essa experiência para o backhaul. É um grande desafio, mas o que fizemos com o backbone é um exemplo de solução”, afirmou.
Fonte: Fabio Barros - Convergência Digital
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