23/10/2013
Na perspectiva do setor de telecomunicações, o mercado está ficando cada vez mais complicado: receitas crescem mais devagar, mas os investimentos não podem esmorecer e os próprios custos de operação avançam mais rápido. Um dilema para um segmento que teme o ‘tsunami’ de dados.
Para o presidente da GVT, Amos Genish, o mercado de telecomunicações também precisa que mudar. “Infelizmente o setor não ganhou um bom nome nos últimos anos”, admite, lembrando estudos que indicam que a lealdade dos clientes está ligada, principalmente, à performance do serviço e custo benefício.
“Precisamos gerenciar a expectativa do cliente. Está se olhando muito para o móvel, mas não acredito que a banda larga móvel vai endereçar as demandas do país”, afirma. Ele lembra que medições da Akamai colocam o Brasil em 80º lugar em velocidade média das conexões à Internet.
É natural que o principal executivo de uma operadora calcada na oferta de conexões fixas – e sem operação móvel – faça tal raciocínio. Mas ele sustenta que mesmo a banda larga móvel deve apostar nisso. “Precisamos de mais hotspots, para que as pessoas usem redes fixas fora de casa.”
Segundo ele, isso faz parte de “gerenciar expectativas dos clientes entre acessos móveis e fixos”. É, acredita, a melhor resposta para endereçar aquele dilema inicial, de como responder ao aumento do tráfego em um cenário de receitas que não evoluem no mesmo ritmo. “Os acionistas querem retorno rápido, o mercado demanda mais investimento em infraestrutura. Mas ainda temos um potencial muito grande em banda larga”, diz o presidente da GVT.
Fonte: Luís Osvaldo Grossmann - Convergência Digital
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