25/10/2013
A América Móvil estaria interessada em fazer parte de um possível processo de consolidação das operadoras de telecomunicações no Brasil, algo que seria vantajoso para todo o mercado, conforme afirmou nesta sexta-feira (25) o CEO do grupo mexicano, Daniel Hajj Aboumrad, em conferência com analistas.
A possibilidade da Telefónica assumir o controle da Telecom Itália em 2014 e, para além disso, o nível de endividamento da companhia italiana tem aumentado as especulações em torno da venda da TIM Participações no Brasil, uma vez que a espanhola provavelmente não poderia, por motivo de concentração, manter o controle sobre as duas operações no país e, mesmo sem este movimento, a Telecom Itália pode optar pela venda para se recapitalizar.
"Gostaríamos de participar [de um processo de consolidação, mas ainda não temos nada concreto", declarou o executivo. O mercado brasileiro é um dos poucos onde há quatro empresas competitivas, cada uma com cerca de 20% de participação. A avaliação do mercado é que no caso de uma venda da TIM, a empresa seria dividida.
KPN
Durante a conversa com analistas, Aboumrad também afirmou que a companhia segue atenta a oportunidades na América Latina e mesmo na Europa, a despeito do fracasso nas negociações com a holandesa KPN. Entre os interesseses da companhia estão empresas de TV à cabo e satélite. No entanto, salientou, a América Móvil é muito disciplinada em relação ao preço a ser pego por ativos, uma postura que será mantida também em análises futuras.
O preço oferecido pela América Móvil no caso da oferta pela totalidade das ações da KPN foi apontado pelo CEO como o fator decisivo para a decisão da holandesa de usar sua fundação para impedir o negócio. Aboumrad fez questão de salientar que a posição da KPN não deve ser lida como parte de um processo de rejeição europeia ao investimento das companhias latino-americanas no continente.
A controladora da Claro, Embratel e NET no Brasil ainda avalia qual posição tomará em relação à participação na KPN. "Podemos manter, diminuir ou aumentar [nossa participação]. Mas, no momento, não há uma decisão e queremos manter as opções em aberto".
Fonte: TeleSíntese
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