07/11/2013
O novo CEO da Telecom Italia, Marco Patuano, deixou claro nesta quinta-feira, 07/11, que a venda da TIM Brasil não está nos seus planos para minimizar as dívidas da operadora italiana. "Já ouvimos que no Brasil poderíamos ser fatiados. TIM Brasil é um ativo estratégico", declarou.
Segundo ainda o CEO da Telecom Italia, o Brasil é parte fundamental da estratégia do Grupo e há um plano forte de investimentos de R$ 11 bilhões entre 2014 e 2016. O Plano Industrial foi disponibilizado também nesta quinta-feira na Comissão de Valores Mobiliários pela TIM Participações. Nele, a TIM Brasil admite que o mercado de celulares tem resistido à desaceleração da economia, mas não está imune.
Ratifica os investimentos em infraestrutura de redes e os investimentos planejados não somam a compra de licenças 4G em 700 Mhz, cujo leilão poderá ser realizado no fim do primeiro semestre de 2014, segundo planos da Anatel e do Minicom. Também mantém a linha de reduzir ao máximo o uso de linhas alugadas de outras concessionárias com o uso da rede própria de fibra óptica. O plano industrial foi apresentado para analistas pelo presidente da TIM Brasil, Rodrigo Abreu.
A posição de Patuano põe fim a série de rumores do destino da TIM Brasil em função da maior presença da Telefónica no conselho da Telecom Italia. A frase fatiada vem de uma manifestação do próprio vice-presidente de Assuntos Regulatórios da TIM Brasil, Mario Girasole, no calor dos rumores, durante o VI Seminário Telcomp, realizado no fim de outubro, em São Paulo.
"Uma empresa não é uma linguiça para ser fatiada. Há processos, há pessoas envolvidas", afirmou à época. Durante a teleconferência de resultados do terceiro trimestre da TIM Brasil, realizada no dia 30 de outubro, o presidente da tele, Rodrigo Abreu, evitou falar sobre Telecom Itália e rumores, mas não deixou de mostrar planos futuros.
A maior novidade foi o acerto de um empréstimo de R$ 5,7 bilhões com o BNDES para 'bancar' a ampliação da rede e da capcidade entre 2014 e 2016. "Estamos fazendo um crédito (referindo-se ao BNDES) com pagamento em oito anos. E os recursos vão para a infraestrutura e expansão de rede. Essa é uma prova que pensamos em ficar e que estamos financiando o nosso futuro", destacou o CFO da tele, Claudio Zezza.
A possibilidade de a Telefónica ampliar a participação na Telecom Italia causou um 'terremoto' na operadora italiana. No dia 03 de outubro, depois de dias tensos, o presidente do conselho da Telecom Italia, Franco Bernabè, pediu demissão.
A saída dele era esperada já que ele éra contrário às mudanças. Ele se posicionava contra a venda das operações no Brasil e na Argentina. “Não posso assistir à destruição completa da Telecom Italia”, teria dito Barnabè.
No Brasil, a possível fusão Vivo, da Telefónica, e TIM, da Telecom Italia, teria que passar pelo crivo do CADE e da Anatel. A agência reguladora adotou uma postura cautelosa, mas os conselheiros mostraram receio com relação à competição no mercado móvel.
Fonte: Ana Paula Lobo - Convergência Digital
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