11/12/2013
Enquanto as teles e as emissoras de televisão se digladiam pela faixa de 700 MHz, corre por fora dessa disputa um segmento específico mas de forte potencial: os sistemas tecnológicos para segurança pública. Na preparação para a Copa de 2013, só o governo federal deve aplicar cerca de R$ 780 milhões nas soluções de TI. E os fornecedores já ‘vendem’ o próximo passo: o uso do 4G nesse campo.
“A próxima geração de centros de comando será o ponto focal da tecnologia de segurança pública. É garantir, por exemplo, com integração de dados, o máximo de informações sobre uma determinada localização onde a polícia será enviada. Ou viabilizar os dados para que o despacho tome boas decisões”, diz o diretor de Mercados Governamentais e de Segurança Pública para América do Norte , Thomas Miller.
No Brasil para tratar dessa ‘nova geração’ tecnológica, Miller, que foi durante 25 anos da polícia estadual em Michigan, nos EUA, destaca as aplicações viabilizadas pelo LTE, a quarta geração das comunicações móveis. Particularmente, a capacidade de transmissão de vídeos em tempo real, como destacou nesta terça-feira, 10/12, durante o seminário TIC na Segurança Pública, em Brasília, organizado pela Network Eventos.
“Quando houve o atentado em Boston [em abril deste ano], a polícia foi capaz de identificar e prender os responsáveis pelas bombas. Eles usaram vídeos, mas o que não poderiam fazer era usar o vídeo em tempo real para impedir de acontecer. A capacidade disso já existe. Na hora de investir, as agências precisam pensar nessas aplicações.”
Após a cisão da Motorola em 2011, o braço ‘mobile’ acabou comprado pela Google enquanto a ‘Solutions’ navega na liderança do mercado de soluções para segurança pública nos EUA – cerca de dois terços das receitas vem do segmento. No Brasil, a empresa já tem um pé em um projeto conjunto com o Exército – exatamente para uso do 4G em 700 MHz nas comunicações de segurança.
A ideia é, a partir daí, alavancar a entrada nas polícias, como indica o vice presidente de assuntos governamentais para a América Latina,George Spass. Um passo importante foi a definição de que uma fatia de 5 + 5 MHz no leilão dos 700 MHz será destinada à segurança pública. Assista a palestra de Thomas Miller na CDTV.
Fonte: Luís Osvaldo Grossmann e Luiz Queiroz - Convergência Digital
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