06/01/2014
O 'fatiamento' da TIM Brasil segue aumentando o lucro do setor financeiro. Tanto é assim que a alta das ações das empresas envolvidas na 'transação' - Oi e TIM especialmente, além da Telefónica e da Telecom Italia fora do Brasil - mostra que o setor financeiro é o que mais lucra com o prosseguimento dos rumores sobre a venda da operação brasileira da Telecom Italia.
O mais recente foi divulgado no começo do ano e envolveria a formação de um 'consórcio' entre Telefónica, América Móvil (dona da Claro e da Embratel) e da Oi para assumir o controle da TIM Brasil, medida que esbarraria numa decisão do CADE -Conselho Administrativo de Defesa Econômica, que inviabilizou esse tipo de transação.
Os rumores 'inflaram' o valor das ações. A alta envolveu todos os envolvidos com operações na Bovespa. Mas também serviram para mais uma rodada de desmentidos. Em comunicado oficial, a Telecom Italia, mais uma vez, desmentiu qualquer interesse na venda. E a Telefônica, principal interessada, questionada pelo órgão regulador espanhol, desmentiu nesta segunda-feira, 06/01, qualquer consórcio com América Móvil e Oi para assumir controle da TIM Brasil.
"A Telefónica gostaria de esclarecer que não faz parte de qualquer tipo de veículo e não tem detalhes de qualquer tipo de transação potencial para divulgar ao público para a avaliação de mercado", disse a empresa de telecomunicações espanhola, em um comunicado ao regulador do mercado de ações da Espanha.
No informe, a Telefónica acrescentou ainda que não teve qualquer contato específico com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre tal acordo. A Telefónica detém 15% da Telecom Italia através do veículo de investimento Telco e no ano passado garantiu uma opção de assumir progressivamente as participações de seus parceiros na Telco, um grupo de instituições financeiras italianas.
Em comunicado enviado à CVM, órgão regulador financeiro do Brasil, no dia 03 de janeiro - quando foi publicada a reportagem do jornal italiano Il Sole 24 Ore, que ventilou a hipótese da formação de um consórcio entre Telefónica, América Móvil e Oi para a compra do controle da TIM Brasil - a TIM Participações publicou comunicado da Telecom Italia, onde a controladora da TIM Brasil, reiterou mais uma vez que "com relação às noticias, não confirmadas, a Telecom Italia anuncia que não é de seu conhecimento nenhuma oferta de aquisição pela TIM BRASIL e, mais uma vez, reafirma que a operação brasileira é um ativo de suma importância".
Na prática, os rumores sobre o 'consórcio' serviram para impulsionar as teles na Bovespa. As ações da Oi subiram pelo menos 10%. As ações da TIM Brasil também registraram alta de 6,27%. A América Móvil, controladora da Claro e da Embratel, não tem ações negociadas na bolsa de valores do Brasil. O 'fatiamento' da TIM Brasil foi vedado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no final do ano passado. O órgão determinou que a Telefónica deve deixar sua participação direta e indireta na TIM Brasil ou reduzir sua participação na Vivo, com a entrada de um sócio ainda sem atuação no mercado nacional.
Fonte: Ana Paula Lobo - Convergência Digital
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