14/01/2014
Na avaliação preliminar da entidade, em 2013 foram comercializados 61 milhões de dispositivos móveis, sendo 32 mi de aparelhos inteligentes.
O número de celulares vendidos no Brasil em 2013 fechou em 61 milhões de unidades, segundo levantamento preliminar da Abinee (Associação Brasileira de Indústria Elétrica e Eletrônica).
O resultado é superior ao obtido no ano anterior, de 59,5 milhões, mas é inferior ao registrado em 2011, de 67 milhões. A diferença é que, no ano passado, o número de smartphones vendidos (32 milhões) é superior ao da comercialização de feature phones, na casa de 29 milhões.
Em 2011, foram vendidos 58 milhões de feature phones contra 9 milhões de smartphones. Em 2011, foram 43,4 milhões de celulares comuns contra 16 milhões de dispositivos inteligentes.
Para 2014, a previsão da Abinee é de que as vendas alcancem 67,7 milhões de celulares, sendo 51,4 milhões de smartphones. O diretor da área de telecomunicações da entidade, Paulo Castelo Branco, afirma que a crise econômica que atinge o mundo há cinco anos chegou ao Brasil mais tarde e atenuada. Entretanto, na sua visão, o modelo de crescimento baseado no consumo parece estar esgotado e o país começa a sentir os efeitos do aumento da inflação e da inadimplência nos pagamentos.
“Apesar das medidas tomadas pelo governo federal como as desonerações de impostos para certos segmentos, até agora, não é possível concluir que a economia voltará a crescer de forma vigorosa no próximo ano”, declara Castelo Branco. Porém, acredita que a regulamentação das femtocélulas para melhoria da cobertura do sinal de redes celulares, a atribuição de parte da faixa de 700 MHz para a tecnologia 4G, a forte demanda por smartphones (que são forte geradores de tráfego de dados), bem como a desoneração de investimentos em infraestrutura para o Plano Nacional de Banda Larga resultarão em aumento de volume de negócios.
A área projeta crescimento de 18% no faturamento atingindo R$ 31,3 bilhões. Assim, sob a ótica do mercado interno, Castelo Branco afirma que indicadores apontam para um crescimento do nível de negócios.
“Preocupa, no entanto, a sustentabilidade do modelo de negócios em telecomunicações, a cadeia de fornecimento de serviços apresenta desequilíbrio entre a saúde dos negócios dos provedores de conteúdo (os chamados “over the top”), das operadoras e, principalmente, dos fornecedores de tecnologia”.
Castelo Branco enfatiza que do ponto de vista da competição internacional, a indústria brasileira continua a apresentar baixa competitividade devido aos fatores de sempre: alta carga tributária, altos custos logísticos e alto custo de mão de obra.
Fonte: Telesíntese
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