24/02/2014
Ao contrário dos últimos anos, quando o Mobile World Congress se transformou num palco para a unificação das reivindicações do setor de Telecomunicações, em 2014, o estrelato, num primeiro momento, está com as OTTs. O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, será a grande atração do evento.
E certo ou não, as teles se mostram mais cautelosas, ou com participações mais 'discretas'.
O evento - que sempre contou com os CEOs de gigantes como Telefónica, Telecom Italia e outras, dessa vez deu destaque aos emergentes. Coube ao CEO da América Móvil, Daniel Hajj, falar sobre o mercado latino-americano - um dos mais promissores do mundo. Como não poderia deixar de ser, o executivo falou de duas preocupações constantes das teles: adequação de frequências e a necessidade de regulamentações mais estáveis.
Hajj preferiu não comprar briga com as OTTs. Ele destacou que o tráfego de dados cresceu 80% na região e que exige e exigirá mais investimentos por parte das teles. Ao falar sobre qualidade, Hajj deixou claro que os backbones de fibra óptica - em construção na região - terão papel crucial. Citando a sua operadora, Hajj lembrou que na América Móvil, em 2013, já se vendeu mais smarphones que feature phones. "O tráfego de dados continuará nos exigindo muito", frisou.
Coube à CEO do grupo SingTel, Chua Sock Koong, passar pelo tema OTT. Sem falar diretamente deles, a executiva advertiu que há quem queira 'transformar as teles em meros provedores de conectividade". Mas garantiu que a experiência do cliente está nas mãos das operadoras. "O que precisamos é criar novos serviços que nos dêem relevância. Coletamos diariamente dados. Temos que trabalhar melhor essas informações e, principalmente, zelar por elas", destacou. Num momento de migração 3G para o 4G, Chua Sock Koong, também advertiu: não é possível repetir os erros do passado. "O 4G exige serviços e não pacotes ilimitados, como fizemos, erradamente, com o 3G".
Quem também ganhou muito espaço em 2014 no Mobile World Congress foram os fabricantes de celulares. Mesmo numa feira fechada aos consumidores finais - e a presença não é barata - o pagamento é de US$ 300 por cabeça para participar - os expositores se centram em anúncios para esse tipo de público.
Ainda no MWC 2014, um dos fundadores do WhatsApp, recém-comprado pelo Facebook, Jan Koum, validou esse olhar para o usuário final. No evento, ele anunciou que a mensagem instantânea terá a voz a partir do segundo trimestre. A nova funcionalidade, garantiu, será fácil de usar e simples e chegará primeiro para Android e IoS. Outras plataformas, como o Windows Phone, virão depois.
Fonte: Ana Paula Lobo - Convergência Digital
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