04/04/2014
A Oi abriu oficialmente a oferta de ações que faz parte da reestruturação da empresa com a entrada da Portugal Telecom. O prospecto divulgado pela operadora revela que a PT será a principal acionista ao cabo da operação, com pelo menos 24,87%.
Essa fatia será, na prática, ainda maior uma vez que a Portugal Telecom controla a Bratel Brasil, que terá sua participação reduzida na „nova? empresa, mas ainda assim manterá 3,34% das ações. O consórcio de bancos liderado pelo BTG Pactual, caso todos confirmem os aportes, será o segundo maior bloco, com 9% do capital.
Esse desenho poderá ser parcialmente diluído caso seja exercida a oferta de „ações suplementares?, possibilidade prevista no documento divulgado pela Oi. Nesse caso, a fatia dos portugueses poderá cair para pouco mais de 22% das ações – e o fundo de bancos ficaria com cerca de 7%. Ao fim, a expectativa é de que cerca de 52% das ações „flutuem? livremente nas bolsas de valores.
Os atuais controladores – AG Telecom e LF Telecom, bem como a Telemar Participações – terão posições reduzidas. AG e LF devem cair de 3,88% cada para 0,92%, enquanto a fatia da Telemar Participações, hoje em cerca de 14,9%, ficará em 3,5% após a oferta pública.
Previ e BNDES também terão a participação diluída. No Caso do BNDES, a redução será de 1,28% para 0,3%; enquanto a Previ, o fundo de pensão do Banco do Brasil, terá sua parcela na empresa ajustada de 3,14% para 0,75%. Os quadro com as participações „antes? e „após? a oferta fazem parte das „Informações sobre a Oferta Global?, divulgadas tanto pela Oi como pela PT.
Essa reestruturação tem como base o aumento de capital da empresa, operação formalmente autorizada em Assembleia Geral de Acionistas na semana passada, que prevê a emissão inicial de 5,7 bilhões de ações da Oi – que, no entanto, pode ser ainda maior a depender, especialmente, do consórcio de bancos (leia-se, BTG Pactual).
O preço será definido a partir da demanda, em uma operação que o mercado chama de „bookbuilding?. Basicamente é uma espécie de consulta a investidores sobre o tamanho do apetite pelo negócio. Dessa forma, ao longo de 15 dias os investidores indicam ordens de compra das ações oferecidas pela Oi – a previsão é de fechamento em 28/4 – e dessas várias ordens calcula-se o preço final.
A empresa espera que essa operação resulte, pelo menos, em um valor entre R$ 7 bilhões e R$ 8 bilhões. Além disso, a „incorporação? dos ativos da Portugal Telecom representam outros R$ 5,7 bilhões – de onde se considera que o aumento de capital da companhia seja da ordem de R$ 14 bilhões, como previsto desde as primeiras divulgações públicas do negócio.
Fonte: Luís Osvaldo Grossmann - Convergência Digital
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