08/05/2014
O diretor geral da Telefônica Brasil, Paulo César Teixeira, revelou que a Vivo/Telefônica investiu cerca de R$ 1 bilhão na melhoria da infraestrutura de rede para os serviços fixo e móvel no primeiro trimestre valor bem acima do normal para o período do ano.
Este ano, a operadora planeja investir R$ 5 bilhões em infraestrutura, sem contar o valor da possível compra das licenças do 4G, em 700 MHz. Segundo ainda a tele, a estimativa é de investir 19% da receita operacional líquida em infraestrutura.
Em teleconferência de resultados com a imprensa, realizada nesta quinta-feira, 08/05, Paulo César Teixeira minimizou a queda de 18,4% do lucro líquido da companhia entre janeiro e março, na comparação com um ano antes, para R$ 660,8 milhões. Segundo ele, o resultado está em linha com o previsto pela empresa, que apostou nos três meses do ano, em reforçar sua infraestrutura e manteve o cliente pós-pago como alvo central.
"Fizemos um esforço diferenciado com redes nos três primeiros meses do ano e todos sabemos que fazer obra não é fácil no Brasil", disse o executivo. A queda de 14,5% no faturamento com a venda dos smartphones ( também é justificada pela decisão da operadora de subsidiar os consumidores pós-pagos, que compram pacotes de dados. "O Varejo hoje é um canal relevante na venda de smartphones, mas nem sempre há a venda imediata de pacotes de dados. Nós estamos apostando no smartphone para acelerar a venda de dados", explicou Teixeira.
A aposta no pós-pago se explica pelos números da tele. Segundo a Vivo, dos 76% dos assinantes que têm smartphones ou webphones, a grande maioria - 71% contrata pacotes de dados. Já entre os usuários do pré-pago, dos 45% que têm celulares com acesso à Internet, apenas 23% têm planos de dados, e boa parte não usa de forma recorrente.
Mesmo com um maior consumo de dados, a Vivo admite que o SMS está tendo sua receita 'canabilizada' por outros aplicativos da rede como o Whatsapp. Tanto é assim que a receita anual da operadora com mensagens de texto (SMS) caiu 16,4% no primeiro trimestre, em relação a igual período de 2013. "Posso garantir que é uma queda natural, controlada", disse Teixeira, sem no entanto, comentar um assédio maior das OTTs no serviço de VAS, que cresceram 50,4% no primeiro trimestre do ano em relação a igual período de 2013.
Os serviços de internet móvel cresceram 34,9% no período. A receita de dados e VAS atingiu R$ 1,88 bilhão no primeiro trimestre, com alta de 1,3% na comparação anual. Apesar de saudar a decisão do governo de desonerar, enfim, o M2M, a Vivo, que detém 30% do market share, lamenta a saída dos POS de cartões de crédito, sob a alegação da intervenção humana no processo. Paulo César Teixeira diz que a comunicação máquina a máquina é um mercado de grande potencial, principalmente, em áreas como telemetria e monitoramento de frota.
Com relação à Copa do Mundo e aos serviços 3G e 4G, o diretor geral da Telefônica Brasil anunciou que fechou uma série de acordos de roaming com operadoras para o 4G, em especial, na Europa, que usam a faixa de 2,5GHz, mas não revelou o nome das concessionárias.
"Quem vier de fora poderá optar pelo pacote de roaming da sua operadora ou comprar o nosso chip para usar no período. Estamos preparados para atender a demanda, mas não acreditamos que ela será tão grande, uma vez que muitas cidades decidiram decretar feriado nos dias de jogos, inclusive os que não forem do Brasil. Isso vai dar uma reduzida no consumo", completou.
Por fim, Teixeira também evitou comentar sobre a participação da Telefónica/Vivo no leilão de 700 MHz. Segundo ele, o momento é de análise do edital colocado em consulta pública pela Anatel. "Há pontos que ainda precisam ser esclarecidos, estudados", disse, sem revelar quais seriam essas questões.
Fonte: Convergência Digital
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