13/05/2014
Ao participarem do 14º Rio Wireless, nesta terça, 13/5, as operadoras de telecom, representadas por seu sindicato nacional, o Sinditelebrasil, fizeram um apelo para que o governo desista de fazer o leilão da faixa de 700 MHz tendo a arrecadação como principal premissa.
“O país pode dar resposta à ansiedade da sociedade em estender a cobertura, mas para estender a cobertura é preciso ter sentido econômico e se ele não for arrecadatório é muito mais fácil ser atendido”, sustentou o diretor-executivo do Sinditelebrasil, Eduardo Levy.
Para o setor, a faixa de 700 MHz “é uma faixa complementar” ao leilão de 2,5 GHz. “O projeto de 4G no Brasil deve ser compreendido como complementar com as duas faixas e assim deve ser enxergado mesmo sendo licitações em tempos diferentes como está sendo feito no Brasil”.
Ou, como descreveu o também diretor do Sinditelebrasil, Carlos Duprat, “nossa preocupação é o negócio do 4g estar sendo vendido duas vezes. Qual o valor presente líquido se já paguei pelo 2,5 GHz? Se tivesse vindo junto, certamente algum investimento em 2,5 GHz não teria sido feito".
“Apelamos no sentido de fazermos um leilão que contemple mais a sociedade do que a arrecadação do Estado. O 700 MHz é uma frequência que ajuda isso, uma das últimas oportunidades, que pode ser feito de uma forma mais barata e mais abrangente se o leilão não for arrecadatório”, insistiu Levy.
Interferência 4G x TV Digital
Mas se defende a destinação da faixa para a telefonia móvel, o executivo também destacou que a avaliação sobre os riscos de interferência entre radiodifusão e telefonia, e vice-versa, se dá em prazo mais acelerado do que o aconselhável para dar tranquilidade aos envolvidos.
“O setor de telecom e de radiodifusão entendeu ser necessário um conjunto grande de testes, mas o prazo definido pela Anatel não deu condições para a realização de todos os testes, o que implicou na confecção de um relatório pela Anatel que não contemplou todas as questões.”
Fonte: Luís Osvaldo Grossmann e Luiz Queiroz - Convergência Digital
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