11/06/2014
O período da Copa do Mundo no Brasil servirá também para a coleta de assinaturas de partes interessadas em participar da redação de uma política de segurança digital capaz de reduzir as vulnerabilidades no mercado nacional de cibersegurança.
Um grupo formado por mais de 40 empresas, organizações e especialistas se uniu para produzir um manifesto público, com o intuito de mobilizar empresários, autoridades e a sociedade em geral sobre os riscos de cibersegurança que assolam o Brasil.
O manifesto, publicado no blog da empresa MPSafe, do especailista Paulo Pagliusi, tem como objetivo, segundo seus organizadores, favorecer "uma visão compartilhada sobre como proteger melhor empresas e cidadãos brasileiros, aumentando a consciência e compreensão dos líderes empresariais e de governo para que cibersegurança seja vista como um princípio fundamental de uma governança corporativa moderna e adequada". O manifesto estará disponível para consulta pública e coleta de assinatura de partes interessadas a partir do dia 16 de junho no site: www.cyber-manifesto.org
As contribuições poderão ser feitas para área como proteção de dados, privacidade, governança corporativa e integridade das redes de comunicação. O documento se pauta em quatro pontos fundamentais: Formação de líderes experientes em cibersegurança; Aprimorar a privacidade/Colaborar com o setor público; Acabar com a escassez de proficiência em ciber, e Transformar as pessoas na primeira linha de defesa.
"Será imperativo para a continuidade do crescimento do Brasil e sua imersão em uma economia conectada global que as questões de cibersegurança sejam endereçadas não pelo seu mero aspecto técnico, mas por uma ótica de governança e responsabilidade corporativa e social. A comunidade empresarial brasileira precisa reconhecer que a segurança digital, em especial dentro do ambiente corporativo, é uma responsabilidade da empresa como um todo e um dos grandes fatores de risco para os negócios e para a segurança dos indivíduos”, destaca William Beer, Sócio da Alvarez & Marsal e um dos signatários do documento.
Para o especialista doutor em segurança da informação e autor de livro sobre o tema, Paulo Pagliusi, vale um alerta ao aumento significativo em ataques cibernéticos e espionagem globalizada. “Há um aumento significativo tanto em ataques invasivos do crime cibernético quanto na espionagem globalizada, que podem comprometer o bem estar econômico das empresas brasileiras e o interesse do governo, da mesma forma que reputações corporativas e governamentais também estão em grave risco”, destaca Pagliusi. “Novos temas de pesquisa, como computação em nuvem, mobilidade, big data, redes sociais e Internet das Coisas exigem nova estratégia para se investir em segurança cibernética, unindo tecnologia, negócios e interesses do país".
Os especialistas em segurança da Informação já lançaram vários alertas com relação 11 às ações dos hackers durante a Copa do Mundo. Segundo os líderes do manifesto, o Anonymous, por exemplo, já ameaçou atacar diversos sites relacionados ao megaevento do futebol mundial. Segundo os signatários do manifesto, as ações serão orquestradas para atingir instituições públicas e empresas ligadas ao evento, com a retirada de sites do ar e invasão de páginas.
No último dia 14 de maio, exemplificam os especialistas, os hackers deram a primeira mostra do que podem fazer invadindo a página do Comitê Paulista da Copa do Mundo. O Exército Brasileiro será o responsável pelo monitoramento e contra-ataque a grupos invasores durante a Copa 2014. O Convergência Digital publica a íntegra do cybermanifesto, disponível na página da MPSafe (www.mpsafe.com.br).
Veja aqui a matéria completa.
Fonte: Ana Paula Lobo - Convergência Digital
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