06/08/2014
Diante da familiaridade com que as crianças e adolescentes tratam os dispositivos da vida moderna, não chega a surpreender que os brasileiros entre 9 a 17 anos exibam índices de acesso à Internet de primeiro mundo. Em 2012, 67% desses já eram internautas constantes, contra 45% da população em geral.
O percentual global foi a 51% em 2013. Entre os mais jovens, porém, chegou a 77%.
Mas se esse grupo etário segue mais ativo na Internet, a nova versão da TIC Kids, do Cetic.br – o braço de pesquisas do NIC.br – indica mudanças notáveis no uso da rede. A mais clara é que o acesso, antes preferencialmente na escola, foi para dentro de casa ou mesmo para as ruas, graças à disseminação de equipamentos móveis, com destaque para os celulares, mas também notebooks e tablets.
O PC ainda é essencial – 71% dos mais jovens usam para navegar. Mas o percentual de crianças que acessa a Internet pelo celular mais do que dobrou, indo de 21%, em 2012, para 53% – a pesquisa, com 2.261 crianças e 2.261 pais, foi feita entre setembro de 2013 até janeiro de 2014. Os notebooks pularam de 19% para 41%. Os tablets, de 2% para 16%. Videogames aparecem com 11%.
A mobilidade, destaca o gerente do Cetic.br, Alexandre Barbosa, trouxe uma mudança importante, ao se tornar hábito da maioria (57%) acessar a rede no quarto, por exemplo. “Mais da metade das crianças está acessando a Internet em um ambiente mais privativo. E esse uso mais privativo exige estratégias de mediação de pais e responsáveis”, sustenta.
Naturalmente, o percentual é maior entre os mais abastados – até pela maior probabilidade de terem seu próprio quarto. Daí que o índice vá a 74% nas classes A e B, seja 50% na classe C e 42% nas D e E. Por outro lado, 18% dos mais ricos dizem usar lanhouses ou cibercafés, contra 21% da classe C e 35% dos demais. “As lanhouses ainda são relevantes para as classes D e E”, pontua Barbosa.
Fonte: Luís Osvaldo Grossmann - Convergência Digital
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